O que são Jogos Cooperativos?

 Jogos cooperativos são dinâmicas de grupo que têm por objetivo despertar a consciência de cooperação epromover efetivamente a ajuda entre as pessoas.

No jogo cooperativo, aprende-se a considerar o outro que joga como um parceiro, e não como adversário., fazendo com que a pessoa aprenda a se colocar no lugar do outro, e não priorizar apenas o seu lado.

Jogos Cooperativos são jogos para unir pessoas, e reforçar a confiança em si mesmo e nos outros, as pessoas geralmente participam autenticamente, pois ganhar ou perder não é o que realmente importa, e sim o processo como um todo. Os jogos cooperativos resultam numa vontade de continuar jogando, e aceitar todos como são verdadeiramente.

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O jogo cooperativo ajuda as pessoas a se libertarem da competição, seu objetivo maior é a participação de todos por uma meta em comum, sem agressão física, e cada um no seu próprio ritmo.

Os jogos cooperativos ajudam as pessoas a aprenderem a trabalhar em grupos, muito por não existir uma faixa etária específica em cada jogo, desde crianças até adultos. O que mais importa em jogos cooperativos é a colaboração de cada indivíduo do grupo, e o que cada um tem para oferecer no momento da atividade.

Neste tipo de jogo, é reforçada a noção de grupo, porque uma determinada tarefa é cumprida de forma mais eficaz com a ajuda dos vários elementos da equipe. Pode haver uma competição entre duas equipes ou haver apenas uma equipe.

Travessia

Objetivo: Levar o “navio” para o “porto seguro”.

Número de participantes: A partir de 10 anos. Para grupo de até 40 pessoas dividas em 04 navios (equipes iguais).

Recursos: Um salão amplo com aproximadamente 10m x 10m e livre de obstáculos. Outro espaço equivalente também pode ser utilizado. Uma cadeira para cada participante.

Desenvolvimento: Divide-se o grupo em 04 equipes (navios) que formarão uma “Esquadra” e ficarão dispostas em 04 fileiras como um grande quadrado. Cada “tripulante” começará o jogo sentado em uma cadeira.

Esquema:

Cada “Navio” deverá chegar ao “Porto Seguro” que corresponde ao lugar que está o navio da sua frente. Porém , para isso deverá chegar com todas as suas cadeiras e com todos os participantes. Nenhum tripulante poderá colocar qualquer parte do corpo no chão nem arrastar as cadeiras. Quando todos os “navios” conseguirem alcançar o “porto seguro” , o desfio será vencido por toda a Esquadra.

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Escravos de Jó

“Jogavam caxangá
Tira, bota
Deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zigue, zigue, zá”

Formada a roda, as crianças permanecem paradas, podendo inclusive ficar sentadas, com um objeto igual para todos (pedrinhas, copo, caneca, etc), na mão direita. Ao ritmo da música, marcando os tempos fortes, iniciam a brincadeira de passar o objeto que têm na mão direita para o vizinho da direita, e receber com a mão esquerda o objeto do vizinho da esquerda (se estiver de pé), trocando-o rapidamente de mão. Quando o jogo é feito sentado (geralmente em torno de uma mesa), pode-se usar somente a mão direita, largando-se o objeto sempre à frente do vizinho da direita.

Faz-se movimentos conforme a letra:

Escravos de Jó jogavam caxangá (vai passando para o colega ao lado o objeto que foi posto à sua frente ); Tira (levanta o objeto), bota(põe na sua frente na mesa), deixa ficar (aponta para o objeto na frente); Guerreiros com guerreiros fazem zigue (passa seu objeto para o colega ao lado), zigue (volta o objeto para sua frente), zá (passa seu objeto para o colega).

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Nó humano

Formação: alunos divididos em grupos de no máximo 9 alunos.
Desenvolvimento: O professor pede para que os alunos do grupo fiquem em círculo e todos os alunos devem dar as mãos um aos outros entrelaçando as mãos. Nenhum aluno pode dar as mãos ao aluno do lado e também não pode segurar nas mãos da mesma pessoa. Termina a atividade quando os alunos do grupo, sem soltar as mãos formarem um círculo.

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Passando o bambolê

Material: vários bambolês.
Desenvolvimento: formação de um grande círculo com os alunos de mãos dadas com o bambolê entre os braços de dois alunos que terão de passar o bambolê sobre o corpo sem soltar as mãos.
O professor para dificultar ainda mais, deverá ir colocando aos poucos mais bambolês no espaço livre para que os alunos passem os bambolês sem deixar o outro bambolê que vem atrás acumular.

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Tipos e Categorias de Jogos Cooperativos – Terry Orlick

Terry Orlick (1989, in Brotto, 2001, p.85), após ter estudado a aplicação dos Jogos Cooperativos, classificou os Jogos Cooperativos em diferentes Tipos e Categorias, que podem facilitar sua aplicação em diferentes ambientes, especialmente naqueles onde aind aprevalece uma cultura pouco cooperativa. São eles:

1. Jogos Cooperativos sem perdedores:

Jogos plenamente cooperativos, onde todos jogam para superar um desafio comum e pelo prazer de jogar. Nesta categoria, todos os participantes fazem parte de um mesmo time e o resultado é compartilhado. Muitas vezes, são jogos onde simplesmente não existe competição, mudando a visão de que só é divertido e só tem graça quando um ganha do outro.

2. Jogos de resultado coletivo:

Jogos que permitem a existência de duas ou mais equipes, sem que haja competição entre ambas, pois os objetivos e resultados são comuns, favorecendo a cooperação dentro de cada equipe e entre as equipes. Podemos, por exemplo, dividir uma equipe de basquete em dois grupos, que se posicionam um em cada tabela e tentam converter lances livres. O resultado é a soma dos pontos dos dois grupos. Podemos estabelecer uma meta comum para a equipe. Por exemplo, o desafio será considerado superado somente quando a soma dos dois grupos for maior que 100 pontos.

3. Jogos de inversão:

Jogos onde os jogadores experimentam situações de troca entre as equipes, favorecendo a consciência de interdependência, respeito, empatia, valorização dos parceiros de jogo e diminuição da preocupação excessiva com o resultado.

Tipos de Inversão:

Rodízio:

Os jogadores mudam de lado de acordo com situações pré-estabelecidas, como por exemplo: depois de sacar ou após a cobrança de um escanteio;

Inversão do goleador:

O jogador que marca o ponto (gol, cesta etc.) muda para o outro time;

Inversão de placar:

O ponto (gol, cesta etc.) conseguido é marcado para o outro time;

Inversão total:

É uma combinação das duas inversões anteriores. Tanto o jogador que fez o ponto como o ponto conseguido, passam para o outro time.

4. Jogos Semi-Cooperativos:

Jogos indicados para iniciar a aplicação dos Jogos Cooperativos, especialmente num contexto de aprendizagem esportiva. Basicamente, são jogos com estruturas competitivas que contêm elementos de cooperação, favorecendo a diminuição gradativa da competição. Dentre estes elementos, podemos citar:

Todos jogam:

Todos que querem jogar e recebem o mesmo tempo de jogo;

Todos tocam/Todos passam:

A bola deve ser passada entre todos os jogadores do time, para que seja validado o ponto;

Todos marcam ponto:

Para que um time vença, é preciso que todos os jogadores tenham feito pelo menos um ponto. Dependendo do grau de habilidade do grupo, podemos considerar as tentativas que resultaram em bola na trave, aro da tabela ou um saque correto;

Todas as posições:

Todos os jogadores passam pelas diferentes posições no jogo.

Passe misto:

A bola deve ser passada, alternadamente, entre meninos e meninas;

Resultado misto:

Os pontos são convertidos, ora por menino, ora por menina.

A compreensão destas diferentes categorias de Jogos Cooperativos serve, entre outras funções, para facilitar sua aplicação de forma coerente com o ritmo e as características de um determinado grupo.

Sentar em Grupo

Objetivo: Todo o grupo sentar em circulo de uma só vez mantendo o equilíbrio.

Número de participantes: Este jogo atinge bons resultados com grupos acima de 15 pessoas.

Desenvolvimento: Peça para que os participantes em pé formem um círculo voltados para dentro dele. Agora pede-se que todos virem para a direita, de modo que cada um fique de frente para as costas do colega, como numa fila circular. Cada um deve juntar a ponta dos pés nos calcanhares do colega á sua frente, colocando as mãos na cintura dele; O facilitador contará até três pausadamente, e as pessoas devem senta-se nos joelhos de quem está atrás, vagarosamente. Todos ao mesmo tempo; Se alguém perceber que vai perder o equilíbrio deve comunicar ao grupo, imediatamente. Tentar várias vezes até que consigam atingir o objetivo.

Quando houver um equilíbrio, uma coesão no grupo, o facilitador solicitará que todos soltem a mão direita e levantem para o alto. Em seguida, a mão esquerda.Finalmente pede-se a todos que coloquem a mão na cintura do colega a sua frente e, após a contagem até três, por parte do facilitador, levantam-se todos juntos, vagarosamente.Repete-se então o mesmo processo, porém de olhos fechados.

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